16/02/2009

Conto - Fim de Semana

- Tem certeza que é aqui? – eu perguntei aos meus pais.

- Temos! Não é maravilhoso?! – respondeu Jéssica, a minha mãe. Ela é uma mulher incrível, mas têm vezes que... bem... não é tão incrível assim.

- É, filhão, vamos ter uns trabalhinhos pra fazer na casa, mas nada que nós dois juntos não façamos rápido. – disse Matheus, o meu pai. Um cara sem igual, mas ainda não sei se lamento por isso ou se dou glórias a Deus.

Quando percebi que estava ferrado, resolvi me desligar um pouco deles. Liguei meu mp3 e começei a ouvir qualquer música que impedisse meus ouvidos de escutarem o que meus pais falavam. Meus pais são pessoas maravilhosas, eu sei, mas têm dias que desejaria estar longe de tantas maravilhas. E ainda tinha a Manu, minha irmã mais nova que ficava querendo brincar comigo e não parava nunca!

Meus pais tinham comprado uma casa campestre para passarmos os fins de semanas longe do tumulto, uma idéia incrível! Quando me contaram fiquei empolgadíssimo com a idéia! Tinham me dito que era uma chácara linda, onde poderia passar o dia todo nadando na cachoeira que tinha ali perto, ouvindo minhas músicas em uma altura que vizinho nenhum reclamaria e andar a cavalo, quando tivéssemos grana pra comprarmos algum. Tinham me dado uma idéia de lugar perfeito, um Jardim do Éden, inclusive eu tinha sugerido esse nome para o local, antes mesmo de conheçe-lo... e reconheço que não o faria se tivesse visto que era isso!

O terreno era enorme, verdade, mas havia tanto mato no lugar que metade do primeiro andar do sobrado estava escondido. A casa era de madeira e estava caindo aos pedaços, minha irmã disse que certamente haveriam centenas de fantasmas naquele lugar. As ávores cresciam tão próximas à casa que suas raízes quebravam algumas madeiras do chão. E ainda tinha aquele tempo chuvoso! Se não estivéssemos no Brasil, diria que um tornado estava vindo na nossa direção e que, certamente, a casa não suportaria nem aos primeiros ventinhos dele.

E nem sinal da cachoeira...

Eu estava com os olhos vidrados no sobrado quando minha irmã me deu um tapa na nuca e apontou para fora do carro. Meus pais já estavam lá fora descarregando o carro e pedindo a nossa ajuda. Apesar do desgoto, tirei um dos fones de ouvido e abri a porta. Alguns ramos daquela enorme grama entraram no carro e eu senti um ar diferente entrando em meus pulmões. Tinha um cheiro gostoso, era mais puro e não precisava forçar tanto a respiração.

Sem muita vontade, desci. Descarregamos o carro e entramos.

Por dentro a casa era outra! Agora sim, magnífica! Móveis de primeira qualidade, uma organização que nunca vi antes e, por incrível que pareça, limpo!

- A Marinete fez um ótimo serviço! – começou minha mãe, toda sorriso. – Foi uma boa idéia ter pedido pra ela vir antes!

- Realmente. – concordou meu pai. – Por isso que te amo, meu amor!

Eles se beijaram. Eu e Manu nos olhamos e resolvemos subir para vermos os quartos. Não eram diferentes, magníficos! Deixei ela escolher o dela e fiquei com o que sobrou. Entrei, coloquei minha mala perto do armário cor de tabaco que tinha em um dos cantos e testei a cama. O cochão era melhor do que o que eu tinha em casa e ficava perto da janela. Não quis abri-la a princípio, já era fim de tarde e não queria mosquitos me torrando a paciência!

Deitei e só acordei na manhã do sábado.

Só percebi que era de manhã por causa de uma pouca luz que entrava pelo vão da janela. Abri-a. Aquela foi a imagem mais bonita que tive em toda a minha vida!

Uma bela planície se estendia naquela região, devia ter uns 3 km, morrendo em um pequeno morro, que não devia ser maior que um prédio de três andares. Muitas árvores se espalhavam por lá e davam tantos frutos que cheguei a duvidar que estivesse realmente acordado. Alguns pássaros voavam por ali e juro que vi até araras! Além de tudo isso, o tempo chuvoso havia se transformado em um céu limpo, onde apenas algumas nuvens brancas o cobriam, aumentando sua majestade.

Foi aí que ouvi: SPLASH. Águas caiam em algum lugar à minha frente. Limpei meus olhos, forcei a vista e foi aí que vi, uma cachoeira descia do morro e fazia uma imagem desigual! As águas brilhavam com os raios solares e um mini arco íris era formado naquele local.

- Mãe! Pai! Manuella! – sai gritando pelos corredores. – Acordem logo! A cachoeira! Encontrei a cachoeira! VAMOS!

Manu saiu correndo atrás de mim, parecia tão empolgada quanto eu. Meus pais acordaram um pouco assutados, mas não levou tempo para se empolgaram também.

- Temos que preparar um café! – alertou meu pai. – Comer alguma coisa nem que seja lá mesmo.

- Verdade, crianças! – começou minha mãe. – Temos que levar alguma coisa para comer. Calma, não ten...

- Tem um monte de árvores no caminho! – interrompi. – Comida não falta, garanto.

- É! Vamos logo, pôxa! - disse Manu, com sua voz angelical.

Não parei, nem olhei para eles quando falei. Continuei correndo, com Manu ao meu lado.

Não levou muito tempo e estávamos na cachoeira! Ela era esplêndida! Suas águas eram cristalinas, alguns peixes nadavam ali, um pequeno lago era formado e algumas pedras estavam distribuidas nele de forma a poder-se andar por toda a extensão dele sem problemas. A água que caia do morro vinha do norte e seguia viagem rumo ao Atlântico.

Nunca antes tinha visto algo tão perfeito!

Então lembrei de um cântico que li em um livro qualquer. Sem saber direito o ritmo e um tanto desafinado começei a cantar:

Como és bela, cachoeira!

És formosa,

Tens a força de uma guerreira!

Aos teus pés, cresce glamurosa

Uma floresta inteira.

Sigas poderosa

E que Deus te abençoe, Cachoeira!

Passamos o dia todo ali, conversando, rindo, nadando. Pudemos esquecer do mundo e vimos a beleza do Poder de Deus!

.

.

Obrigado aos que viram o outro texto e pelos elogios!


Neste post eu só queria mostrar uma mínima parte do poder de Deus.


Contabilidade do post anterior: Meu pai encontrou três erros, um de português e dois de digitação. Eu encontrei outros dois antes.

6 comentários:

Matheus Souza disse...

Excelente. Tipo, não sei da onde tira tanta criativade e tipo, você escreve muiiito !

Sucessoo ! o/
Abraços "filho"
USAEHUISEHUISUhiehuisesae

Anônimo disse...

Parabéns fefe !
muito bom seu texto !
( pena q essa cachoeira é só da sua imaginação ) uhUAHsuhaUSHAUHSUAHSuHASUHAUHS

:D
bjs TUUUUDO DE BOM ! AMOMUITO (L)

Anônimo disse...

Nossa meeeu, tôo passaada.
euoeiueoieuoeieuoeiue
me da um pokinho da suaq criatividaade ? o/
bom, jah sei qem ano qe vem vai me dar umas aulinhas pra redação do vestiiba née ;~
eoiueoeiueoiueoei
meeu adooreei suuas históoriias, liih toodas :)
Parabéens ! :)

beeeijo

Anônimo disse...

uhhhh... que massa a história...
muito bem escrita =DD
curti a casinha... sinistra meu... o céu dela é perfeito =)
tá escrevendo muitooooo hein amigOOOooOo
parabéns...
Deus te abençoe
fica com Deus

Anônimo disse...

Fer, que massa! Adorei! Parabéns =D
realmente, muito criativo =D
tudo de bom! Estão maravilhosos os textos =D
beijo!

I'm FreE! ~~* disse...

Esplêndida como a cachoeira é a sua maneira de escrever! Você já tem muitos(as) fãs pelo visto! Você escreve esplêndidamente bem :D
Beijo nando, AMANDA :*

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