10/03/2009

Conto - Sonho.


- Ah, que saudades das minhas férias... – disse Carlos, para si mesmo, se recostando na cadeira e cruzando as mãos na nuca. - As melhores que tive, sem dúvida!

- Acorda, Carlos! – protestou Roberto. – Estamos no meio do expediente! Daqui a pouco o André chega, aí eu quero ver...

Carlos deu um sobressalto de seus sonhos e voltou a se concentrar nas planilhas que estava elaborando com a administração da empresa que ele estava acessorando – Math’s Matemática em 1º lugar! – e tentou não pensar muito no seu verão em Portugal. Enquanto Roberto fazia relatórios sobre duas empresas quebradas pela crise, para apresentar em sua próxima reunião com André, o chefe do departamento de acessoria.

As horas foram se passando calmamente, ao ponto de Carlos e Roberto reclamarem várias vezes do relógio. Ambos estavam entretidos em suas funções, e adoravam o que faziam, diga-se de passagem, mas depois de um mês de férias tiradas com atraso, era difícil se concentrar em números e palavras extremamente formais.

Quando o horário do almoço finalmente destacou-se no relógio, ambos pegaram suas carteiras e foram para o Bon appetit, um restaurante em frente ao escritório em que trabalhavam, onde eles sempre almoçavam juntos.

Fizeram seus pedidos de sempre e aguardaram que os garçons trouxessem-nos. Antes que chegasse qualquer um dos pedidos, Roberto quebrou o silêncio:

- Agora conta, como foi de férias?

- Consegui juntar dinheiro desde o ano passado e fui para Portugual durante todo o mês, só eu e a Simone...

- Ual! Uma segunda lua de mel, é? – eles sorriram. – Não deu para eu sair com a Shirley, ela teve que ficar na escola em que é diretora. Mas, em compensação, cada fim de semana estávamos em um lugar... Floripa, Fernando de Noronha, Ouro Preto e Natal! Recomendo todos!

- Caramba, que pique, hein?! Quatro viagens em um mês, e com muitos quilometros de distância...

- Você é o que menos pode falar, Carlão! Atravessou o Atlântico com sua mulher!

Os pedidos chegaram e eles atacaram a comida com mais risos do que fome. O papo entre os velhos amigos estava descontraído, falaram dos momentos amorosos que reviveram com suas mulheres em cada lugar que estiveram, explicaram os motivos da escolha, comentaram sobre como os filhos reagiram às escolhas dos pais; esqueceram completamente de suas funções pendentes no escritório.

- Nossa, tuas viagens devem ter sido incríveis, Beto! – comentou Carlos, depois que Roberto lhe contara as visitas aos monumentos históricos de Ouro Preto. – Tem alguma foto para mostrar?

- Não, as fotos ficaram em casa, mas eu te trago amanhã! – respondeu desapontado. – E você, trouxe fotos lá do Velho Mundo?

- Claro que trouxe! Mas aqui só tenho duas... – disse Carlos, abrindo a bolsa que estava na cadeira ao seu lado e pegando duas fotos. – Olha só!

A primeira mostrava Carlos e sua mulher Simone abraçados e sorrindo com um praia e um pôr do sol perfeito atrás deles. Simone era extremamente menor do que Carlos, mas também era muito mais bela que ele. Eles estavam com roupas de banho e tinham os cabelos molhados, usavam óculos escuros, pareciam perfeitos turistas.

A segunda era uma paisagem de uma outra praia. Ao longe, o azul do céu se encontrava com o mar, dando a aparência de algo infinito. O morro de pedras esculpido naturalmente estava ao lado, suas árvores eram baixas e não muito densas. Poucas e enormes pedras estavam no meio da praia, dando as boas vindas para quem vinha por uma passarela feita de madeira que vinha da lateral da foto. Havia um telhado na parte debaixo da foto, mostrando um provável restaurante beira mar ali. A areia tinha poucas pegadas e aparentava ser fofa, as pequenas ondas que apareciam morriam na praia e convidavam a qualquer um que as visse. Não havia ninguém na foto, apesar das pegadas.

- Essa foi a melhor praia que estivemos! – comentou Carlos, sonhando outra vez. – O sol brilhava no mar e nos convidava a um descanço. De noite, a lua cheia brilhou tão perfeitamente que me inspirou a dizer coisas que nunca imaginei ser capaz. A Simone ficou tão feliz essa noite... Nos esquecemos tanto da hora esse dia que quase adormecemos na areia.

- Caramba! Se for metade disso que você falou e do que estou vendo aqui, deve ser um lugar perfeito!

- Eu nunca fui bom com as palavras, Beto, você sabe disso. É muito mais do que eu falei!

- Um dia eu e minha mulher estaremos lá, te garanto! – foi tudo o que ele disse.

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Dessa vez, os agradecimentos são ao Matheus pela foto! Obrigado, fera! http://dieseitewurdenichtgefunden.blogspot.com/


Projeto está fluindo. E ficando bom! =D


As vendas cotinuam.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa muito bom...
lugar perfeito =DD
cotinue assim Fer...
sempre usando o DOM que Deus te deu!!!
beijos
fica com Deus

Matheus Souza disse...

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeee, esse lugar parece aqui em frente de casa o/ UIASehiuASehiusaUiease.

Ficou fera a Historia mano.
E sempre que precisar... tamos ae =D

Abraços fera

Anônimo disse...

peloamordeDeus!!!
Fernando, vc escreve muito!!! Nossa, adorei tudo!
História da hr =D
diretora Shirley ishaioshauhsuiahasa
e ah, Portugal dá hora mesmo =D
ohh, o Matheus mora num lugar perfeito!
Perfeita e sensacional a história =D Gostei muito!
beijo, Fer...
Parabéns!

I'm FreE! ~~* disse...

Uau :D Um dia eu e meu esposo estaremos lá também ^^ me encantei com as características do lugar!
Nando... vocês está mandando muito bem!
Abração caro amigo \o/

Deus abençoe!

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